sábado, 28 de junho de 2014

Akaku.



Levanto os olhos,
Seus braços se abrem acolhedores,
De repente não lembro mais o que deveria dizer,
Seus olhos vermelhos me seguem,
E seu pequeno sorriso faz acender as fagulhas de medo em meu interior.

Olhos tão carmim,
Como o sangue que escorre de meu pescoço,
Sua boca e suas presas em meu pescoço,
O êxtase sobrepõem a dor incomoda,
Minhas mãos o circundam como num abraço,
O sorriso em meus lábios é tão doloroso.

Abra os olhos, desperte do sonho.
Abri meus olhos, mas apenas vejo o vermelho.
Vermelho, Vermelho...
Observei a mão que a mim foi estendida,
Ergui o olhar para seu rosto,
Aceitei o pequeno gesto de gentileza.

Como numa valsa eterna,
Me puxou lentamente de encontro a seu corpo,
Rodeei seu pescoço com meus braços,
E sua boca se colou a minha.
De repente eu descobri o quanto o gosto é bom.

O gosto de meu próprio sangue.

Akaku, akaku, akaku yurete,
Yume no yume no hate e,
Hanarerarenai.

(Ice Queen)

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